terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Partilha(r)


Partilhar demasiado?

D-E-M-A-S-I-A-D-O?!

Não!

Partilhar e ponto final.

Para todos?

Para mim mesma e para quem quiser partilhar o seu tempo com as minhas partilhas!

Há algum tempo - se calhar demasiado - que vivo agarrada a uma vida que não é minha, a um lugar que não é meu.

Sonhei muitas vezes na materialização desse meu desejo: o ser baptizada pelo rio, o dividir casa com desconhecidos que se tornariam a minha família, o cozinhar para nós, o frigorífico dividido, as festas em casa, o fazer da cidade a minha cidade, a emoção das serenatas, o passear as latas, o cantar: "Coimbra é nossa, e há de ser / Coimbra é nossa até morrer!", o dizer: "Segredos desta cidade, levo-os comigo para a vida!" ... E tantas outras coisas que eu desejei, que eu sonhei, que eu vivi sem as viver!

Não o materializei porque... nem eu sei o porquê! Não sei se não quis, se quis demasiado, se não tive coragem,...

Não fui... Não estou... E continuava a sonhar...

"Pertenci sempre ao que não está onde estou e ao que nunca pude ser." (Bernardo Soares) Foi a frase que me caracterizou durante esse tal demasiado tempo e que poderia ainda caracterizar... se eu deixasse!

Não vale a pena viver com saudades do que não vivemos. O importante é viver bem! Para que complicar?!
Estou aqui e estou bem. Não preciso da cidade prometida nem dos sonhos que não concretizei!

Até há bem poucos dias tinha a convicção que queria comprar o meu traje em Coimbra. Agora penso: mas para quê?
O que é que significa mais - comprar algo tão especial numa cidade que não me diz nada para além de um sonho, ou vesti-lo pela primeira vez na companhia das pessoas que me acolheram (e tão bem!) na "casa" que partilhamos todos os dias?!

Por tudo isto...

Madrinhas, Nunes e Joaninha... vamos comprar o meu traje? :)

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Mudanças

Quando as coisas não estão perfeitas só há um único remédio: mudar o que está ao nosso alcance!
E para quem diz que a perfeição não existe, eu digo que a perfeição é aquilo que queremos que algo seja: se algo está como nós queremos, então está perfeito!
Logo, se não está perfeito, algo farei para mudar!

Às vezes para mudar muitas coisas, ou uma coisa muito grande, temos de começar por coisinhas pequeninas: mudei a minha dedicação ao que gosto - ando muito mais amiga da fotografia e da escrita - e mudei uma parte exterior - algo que queria fazer à muito, muito tempo, mas não tinha coragem! Hoje tive: Olá franjinha :)

E com isto percebi que temos de arriscar, ainda que em pequenas coisas, para que um dia tenhamos confiança suficiente para arriscar em grandes coisas!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Divulgar

E hoje quero divulgar duas coisinhas:

A primeira - a mais importante - agradecer aos papás, às irmãs gémeas (Shoaia e Téé) e, principalmente, ao Ricardo e à Soninha por toda a paciência e apoio! Eu gosto muito, muito de vocês!

Passada a fase lamechas... Criei uma nova ferramenta para divulgar o meu trabalho como pseudo fotografa com muito amor. Muito amor mesmo! http://www.behance.net/BeatrizSotomayor

E com tanto amor, é só pieguices... às vezes é preciso, e hoje estou assim!


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Litera... quê?

Ontem, andava eu nas arrumações da minha papelada e encontrei um teste do secundário, cuja composição acho que deve ser partilhada... nem que seja em forma de crónica social!

Já dizia Fernando Pessoa que "A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida": agradável, estimulante, completa, tranquila,... A literatura remete-nos para um outro mundo: faz-nos viver de forma paralela, permite-nos, por longos momentos, afastarmo-nos da nossa vida problemática ou monótona e concentrarmo-nos noutras histórias - que não a nossa própria história. É uma fonte inesgotável de vantagens culturais, intelectuais e psicológicas que o comum dos mortais tende a ignorar.
A falta de cultura, a falta de tempo, a falta de interesse, a falta de vista: tudo serve de justificação para que a livraria, que não tem obras de imprensa, seja a loja menos visitada do centro comercial.
Chega a ser vergonhosa a falta de bases literárias dos portugueses - nem o jornal é lido! Quando se chega a um ponto em que as crianças que gostam de ler são gozadas e tratadas como sobredotadas e quando a moda incentiva a assumir publicamente o "Não gosto de ler!", torna-se urgente estudar estes estranhos seres que habitam a Terra.
Qual será o problema? Falta de variedade literária? Não creio. Desde Pessoa a Camões, passando por Rebelo Pinto, Tamaro e Rodrigues dos Santos, referindo ainda todos os Smith(s) e restantes "estrangeirados" presentes nas livrarias portuguesas, chegando ao ponto de referir os livrinhos que nos ensinam a cuidar do cão, do gato (e da formiga), conseguimos concluir que o problema não está na falta de variedade, mas sim na falta de conhecimento da variedade.
O comodismo leva a não procurarmos, o não procurarmos faz com que não conheçamos, o não conhecermos faz com que ignoremos a literatura.